No sábado (27), o prefeito de Coxim, Edilson Magro, foi oficializado como candidato à reeleição pelo Partido Progressista (PP) durante convenção realizada na Toca do Rato, no bairro Senhor Divino. Ele terá Flávio Dias, do PSDB, como vice.
A decisão de Magro de buscar um novo mandato contraria suas promessas de campanha anteriores, nas quais ele garantiu que não se candidataria à reeleição. Edilson justificou sua mudança de posição ao afirmar que recebeu apoio significativo da classe política de Mato Grosso do Sul, incluindo a bancada federal, estadual e o governador Eduardo Riedel.
No entanto, nenhum representante de relevância estadual da classe política esteve presente no evento. A senadora Tereza Cristina, presidente do PP no estado, e Júnior Mochi, uma das principais figuras políticas da região e pertencente ao MDB, não compareceram e enviaram apenas vídeos de apoio exibidos em um telão.
Durante a convenção, Edilson enfatizou o alinhamento com demais autoridades como principal motivo que o levou a seguir na disputa. “[...] foi aí que toda a classe política, inclusive a bancada federal, a bancada estadual, o nosso governador do estado [...] os 13 vereadores de Coxim e toda a classe política de Coxim chegaram e disseram, Edilson, pelo trabalho que você fez, você tem que continuar. E um deles me disse, você não é mais dono de você, você deve a obrigação à população”, ressaltou.
A ausência de importantes nomes no evento pode colocar em dúvida o apoio recebido pelo chefe do Executivo municipal. No entanto, por outro lado, ele tem participado das convenções de outras legendas em Coxim, dos mais diversos espectros políticos, como o MDB, Solidariedade, Podemos, Republicanos, PSDB, PT e PSD, em busca de consolidar apoio.
Desafios da gestão
Uma recente pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência revelou que a administração de Edilson Magro enfrenta uma crescente insatisfação popular. Registrada no TSE sob o nº MS-07042/2024, a pesquisa entrevistou 500 moradores entre os dias 9 e 13 de julho de 2024. Apenas 48% dos entrevistados consideram a gestão de Edilson boa ou ótima, uma queda em relação às pesquisas anteriores. A avaliação regular subiu para 26%, enquanto a avaliação ruim ou péssima aumentou para 22%.
Os principais problemas apontados pela população incluem a necessidade de melhorias na saúde (40,20%), falta de remédios e médicos (26,80%), limpeza pública (14,60%), problemas de infraestrutura (12,60%) e falta de segurança (10,00%). A deterioração dos serviços e a crescente percepção negativa têm impactado diretamente a popularidade de Edilson.
Da Redação
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