Uma operação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul desarticulou uma rede de exploração sexual que aliciava meninas entre 14 e 16 anos em Bataguassu. A ação, realizada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), cumpriu um mandado de prisão temporária e três de busca e apreensão.
As investigações, que se estenderam por várias semanas, revelaram um esquema criminoso organizado que recrutava as adolescentes oferecendo pagamentos via PIX, celulares novos e outros benefícios. As vítimas eram contatadas principalmente por aplicativos de mensagem.
Evidências do crime
Nos celulares apreendidos com os investigados, os policiais encontraram o que o grupo chamava de "agenda de programas", termo usado para se referir aos encontros sexuais marcados com as adolescentes. "Encontramos conversas explícitas de aliciamento e a organização meticulosa dos crimes", informou a Polícia Civil.
Segundo os investigadores, a rede operava com frieza, tratando a exploração de seres humanos como um negócio comum. Entre os alvos da operação está um empresário suspeito de integrar a organização criminosa.
A polícia também cumpriu mandado na residência de uma adolescente investigada por atuar como intermediária do esquema. Segundo as apurações, ela facilitava o contato entre as demais vítimas e os exploradores.
De acordo com depoimentos colhidos, o aliciamento seguia um padrão: as adolescentes eram abordadas com ofertas de ganhos financeiros fáceis e presentes. A promessa de celulares novos, instrumento essencial para comunicação, estava entre as iscas mais comuns.
Até o momento, mais de cinco adolescentes foram identificadas como vítimas, mas o número pode aumentar conforme as investigações avançam. Agora, o foco dos trabalhos policiais são os clientes da rede, os indivíduos que financiaram e consumiram esses crimes.
Da Redação
Foto: Assessoria