26 de Ago, 2025
Projeto de R$ 6,7 milhões busca restaurar Rio Taquari e fortalecer sustentabilidade no MS
03 de Fev, 2025

Com um investimento de R$ 6,7 milhões, o projeto “Caminhos das Nascentes: Restauração Ambiental na Bacia do Taquari” será implementado para combater a erosão e o assoreamento na região do Cerrado e Pantanal. A iniciativa é conduzida pelo Instituto Taquari Vivo, em parceria com a SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Prefeitura de Alcinópolis. O financiamento foi aprovado pelo Edital Floresta Viva – Corredores de Biodiversidade.

O projeto atuará na recuperação de 378 hectares ao longo dos próximos quatro anos, abrangendo áreas estratégicas da Bacia do Rio Taquari, como o Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari (PENT) e o Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim (MNMSBJ), localizados nos municípios de Costa Rica e Alcinópolis.

"Estamos unindo ciência e prática para implementar soluções eficazes e garantir um equilíbrio ambiental e produtivo. As técnicas aplicadas garantirão impactos duradouros na recuperação ecológica", afirmou Renato Roscoe, diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, que há três anos desenvolve projetos de recuperação de áreas degradadas e Áreas de Proteção Permanente (APPs) na região.

Segundo Rômulo Louzada, fiscal ambiental e assessor técnico do IMASUL, o projeto irá restaurar 400 hectares de pastagens degradadas na Fazenda Continental, sede do projeto Sementes do Taquari, além de 500 hectares na Fazenda São Tomás. "Essa restauração será conduzida por meio de técnicas de restauração ativa, incluindo o plantio de árvores e a implementação de práticas de manejo e conservação do solo e da água, como terraços e bacias de captação", explicou.

Benefícios para produtores e economia local

Além do impacto ambiental, a iniciativa beneficiará diretamente mais de 160 produtores rurais, promovendo capacitações e incentivando práticas sustentáveis. O projeto também impulsionará a cadeia produtiva da restauração ecológica, ampliando a demanda por sementes e mudas nativas, além de gerar empregos locais.

Leonardo Gomes, diretor executivo da SOS Pantanal, destacou que a iniciativa busca mitigar os danos ambientais acumulados ao longo das décadas. "Trata-se de um esforço conjunto entre setor privado, setor público e academia para revitalizar um dos principais rios do Pantanal. Nosso papel será documentar e comunicar essas ações, além de engajar a sociedade nesse processo", ressaltou.

Compromisso com a sustentabilidade

Coordenado por Letícia Koutchin Reis, o projeto representa um avanço significativo na recuperação ecológica da Bacia do Taquari. "Nosso objetivo é transformar a Bacia do Taquari em referência na recuperação ambiental aliada a práticas produtivas sustentáveis", destacou.

O projeto faz parte de uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conduzida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que apoia projetos de restauração ecológica com espécies nativas em todos os biomas brasileiros.

Da Redação
Foto: Assessoria




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