A crise hídrica em Mato Grosso do Sul está se agravando, com o esgotamento das fontes de água em várias regiões do estado. O desmatamento em larga escala é apontado como um dos principais fatores que contribuem para essa situação, com a rápida expansão da morte de nascentes, frequentemente associada ao avanço das áreas de plantio.

Durante a sessão desta terça-feira (3), o deputado Pedro Kemp (PT) usou a tribuna para cobrar a aplicação efetiva da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). Criada pela Lei Estadual 4.555, de 2014, e regulamentada em 2021, a norma, de autoria do deputado Paulo Corrêa (PSDB), também institui o Plano MS Carbono Neutro (Proclima), que visa preparar o estado para enfrentar os desafios das mudanças climáticas globais e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“Não existe questão mais urgente para a humanidade do que a crise ambiental decorrente das mudanças climáticas. Precisamos de políticas públicas mitigatórias e preventivas para salvar nossos biomas, como o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica e a Amazônia. Temos uma lei aprovada há 10 anos que precisa sair do papel e ser aplicada,” ressaltou Kemp.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o Brasil já registra mais de 131 mil focos de incêndio florestal este ano, o maior número desde 2010. Kemp destacou os impactos da fumaça na saúde pública, com aumento de problemas respiratórios e visuais, e reforçou a necessidade de um gabinete de crise e da mobilização de diversos setores para implementar a lei.

O deputado Paulo Duarte (PSB) acrescentou que, embora nem todas as queimadas no Brasil sejam de origem humana, é crucial identificar e responsabilizar os culpados. "A redução do volume de chuvas e o desmatamento que seca os rios são o cerne do problema, e é isso que devemos enfrentar e resolver," afirmou Duarte.

Da Redação

Foto: Assessoria