A Polícia Civil prendeu dois homens e apreendeu quase duas toneladas de carne imprópria para consumo durante uma operação contra o comércio clandestino de alimentos em Selvíria. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo (DECON), com apoio do IAGRO.
A investigação começou após denúncia sobre abate clandestino. Desde a madrugada de quarta-feira (22), os agentes passaram a monitorar uma fazenda suspeita, de onde o gado era abatido em meio à mata e transportado em carroceria aberta, sem qualquer controle de temperatura ou higiene.
A carne, segundo os investigadores, estava suja, exposta a insetos e armazenada em condições insalubres. O produto era entregue a um açougue da cidade, onde parte da carne era temperada para disfarçar o gosto de estragada antes de ser vendida à população. Ambos os envolvidos, de 48 e 55 anos, foram presos em flagrante.
Durante as diligências, constatou-se que o homem responsável pelo transporte da carne não era o proprietário da fazenda, mas atuava comprando animais doentes ou de baixa qualidade para revendê-los no comércio local. O dono da propriedade fugiu e será intimado a prestar esclarecimentos.
A Vigilância Sanitária e o Serviço de Inspeção Municipal foram acionados e confirmaram que o açougue operava sem as licenças obrigatórias para manipular e vender carnes, inclusive linguiças artesanais. O comerciante foi autuado por comercializar alimentos impróprios, crime que pode levar a pena de até cinco anos de prisão.
A DECON alerta que carnes de abate clandestino representam sérios riscos à saúde, pois geralmente provêm de animais sem controle sanitário.
Da Redação
Foto: Assessoria