Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), concluíram uma nova etapa de levantamentos de campo na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, em Bonito (MS), entre os dias 21 de setembro e 4 de outubro.
A iniciativa faz parte de um convênio entre o Governo do Estado, a Prefeitura de Bonito e a UFRJ, voltado ao desenvolvimento de estudos ambientais estratégicos para a gestão dos recursos hídricos da região. O objetivo é fornecer subsídios técnicos e científicos para políticas públicas de conservação e uso sustentável da água.
Na primeira fase dos trabalhos, entre 21 e 27 de setembro, a equipe realizou o monitoramento hidrogeológico em diversos pontos da bacia, com coleta de amostras de água subterrânea para análises físico-químicas e isotópicas. A ação integra o Estudo Hidrogeológico da Área de Banhados e Nascentes do Rio Formoso, que busca entender o comportamento do sistema aquífero local e suas variações sazonais.
Na segunda etapa, de 28 de setembro a 4 de outubro, os pesquisadores concentraram-se no mapeamento do uso do solo e na reavaliação da qualidade da água, dentro dos projetos “Qualidade da Água do Rio Formoso” e “Capacidade de Suporte do Rio Formoso”. Foram utilizadas imagens de drones e registros fotográficos em solo para aprimorar os dados de satélite e identificar diferentes formas de ocupação, como áreas urbanas, agrícolas e de vegetação nativa.
Os levantamentos também incluíram pontos estratégicos das sub-bacias e rios da região, com análise de aspectos morfológicos, como forma, perfil e dimensões dos cursos d’água, fundamentais para entender o comportamento hidrológico e definir locais precisos de monitoramento.
Os estudos de campo continuam nos próximos meses, com novas campanhas programadas. Segundo os pesquisadores, os resultados vão subsidiar estratégias de preservação e gestão ambiental da Bacia do Rio Formoso, considerada um dos principais patrimônios naturais de Bonito.
Da Redação
Foto: Assessoria