O pai da bebê de 1 ano e 9 meses que morreu após ser vítima de estupro em Camapuã confessou espontaneamente ter abusado da própria filha. A revelação foi feita pelo delegado Matheus Vital, responsável pelo caso, durante coletiva de imprensa na noite de quarta-feira (9).
"Em entrevista dos policiais com o genitor da ofendida, ele espontaneamente confessou que abusou dessa criança, praticou com ela atos libidinosos diversos da conjunção carnal e confessou a prática delituosa", declarou o delegado substituto de Camapuã.
O homem de 28 anos foi preso em flagrante ainda no Hospital Municipal, onde a criança veio a óbito. Ele recebeu voz de prisão pelos policiais presentes e foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável com resultado morte.
Enquanto o pai admitiu prontamente o crime, a mãe da vítima apresentou versão completamente diferente às autoridades. Segundo o delegado Vital, a genitora não conseguiu fornecer informações relevantes sobre os abusos.
"Em conversas com a genitora da vítima, essa não nos trouxe muita informação relevante sobre esses abusos, desconheceu os abusos que a filha havia sofrido", explicou a autoridade policial.
A investigação começou após o médico que atendeu a bebê no hospital identificar vestígios de abuso sexual. A criança havia sido levada pela mãe a uma unidade de saúde na Vila Industrial com insuficiência respiratória na manhã desta quarta-feira.
A menina, que fazia tratamento contínuo devido a uma traqueostomia, havia recebido alta do Hospital Universitário de Campo Grande no dia anterior, onde tratava uma infecção. Apesar dos esforços médicos, não resistiu e morreu no Hospital Municipal de Camapuã.
"O médico que atendeu essa menina nos informou que ela tinha vestígios de abuso sexual e por conta disso a polícia civil empreendeu diligências para identificação da autoria desses fatos", detalhou o delegado.
O delegado representou ao Poder Judiciário pela prisão preventiva do acusado. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Costa Rica para exames necroscópico e sexológico que auxiliarão na conclusão do inquérito.
"A polícia civil agora aguarda a deliberação do poder judiciário sobre a prisão preventiva do indivíduo e as investigações continuarão em andamento", informou Matheus Vital.
O caso será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as devidas providências legais.
Da Redação
Foto: Assessoria