29 de Out, 2025
Onças-pintadas resgatadas de incêndios no Pantanal seguem em recuperação e podem voltar à natureza em breve
20 de Ago, 2024

As duas onças-pintadas, Miranda e Antã, que foram resgatadas na semana passada em Mato Grosso do Sul com ferimentos graves nas patas devido aos incêndios no Pantanal, continuam em recuperação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. Os veterinários estão otimistas, prevendo que a fêmea Miranda poderá ser devolvida ao seu habitat natural em até 30 dias.

O governador Eduardo Riedel visitou o CRAS na manhã desta terça-feira (20) para acompanhar de perto o atendimento aos animais, realizado no Hospital Veterinário Ayty. "Parabenizo toda a equipe do CRAS, que tem realizado um trabalho difícil, mas feito com muito carinho, dedicação e conhecimento técnico. As onças estavam com as patas bastante comprometidas por causa dos incêndios no Pantanal. Miranda, uma fêmea de dois anos, e Antã, um macho de oito anos, estão em plena recuperação", destacou Riedel.

Miranda, que recebeu seu nome em homenagem ao município onde foi encontrada, chegou ao CRAS na quinta-feira (15), após ser avistada mancando por trabalhadores de uma fazenda. O macho, Antã, foi resgatado no sábado (17) na região do Passo do Lontra, em estado debilitado, quase sem reagir ao resgate. Ambos já estão se recuperando bem, alimentando-se de forma satisfatória e apresentando melhora significativa nas feridas das patas.

O tratamento inclui a aplicação de pomadas específicas para queimaduras e o uso de ozônio, que acelera a regeneração da pele. "Miranda recebeu os primeiros atendimentos no resgate e, no sábado, fizemos exames nela. Embora tenha retirado os curativos das patas, observamos que já está muito melhor. Vamos realizar novos procedimentos esta semana. Antã, que tem um caso mais delicado, também está progredindo bem", explicou Aline Duarte, médica-veterinária e coordenadora do CRAS.

Ambas as onças são alimentadas diariamente com carne bovina e de frango, e em breve, passarão a receber refeições à base de peixe. O objetivo é garantir que os animais estejam bem nutridos para retornar ao seu habitat natural o mais rápido possível. "Os ferimentos nas patas afetaram sua mobilidade, o que prejudicava a caça e a fuga. No caso do Antã, o ferimento é de terceiro grau, com os ossos da pata expostos. Mas estamos confiantes de que, com o tratamento, em breve ele poderá ser devolvido à natureza", afirmou Jordana Toqueto, médica-veterinária que acompanha os animais.

A equipe do CRAS, em conjunto com o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), a Polícia Militar Ambiental e o Ibama, trabalha para garantir que todo o atendimento seja realizado de forma eficiente e com o mínimo de contato humano, preservando o comportamento selvagem dos animais. Os resgates fazem parte das ações coordenadas da Operação Pantanal 2024, que visa proteger a fauna local dos impactos dos incêndios. 

Da Redação, com informações do Governo de MS

Foto: Bruno Rezende/Assessoria




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