As obras de acesso à ponte que ligará Porto Murtinho, no Brasil, à cidade de Carmelo Peralta, no Paraguai, alcançaram um marco importante nesta quinta-feira (23). Foram instaladas as primeiras vigas de concreto sobre os pilares da passarela que cruza o rio Amonguijá, estrutura que integra o viaduto da ponte internacional da Rota Bioceânica.
A etapa, considerada fundamental para o avanço da construção, foi comemorada por engenheiros e trabalhadores do canteiro. A colocação das vigas, que servirão de base para a futura pista de rolamento, marca a transição da fase de fundação para a de superestrutura — um passo que simboliza o ritmo acelerado das obras e reforça o caráter histórico do empreendimento.
Avanço visível
Segundo o engenheiro responsável, Ozinei Júnior, a finalização dos pilares e a instalação das vigas pré-moldadas representam um ganho significativo no cronograma.
“Cada viga colocada é um passo sólido em direção à conclusão desta obra. A partir de agora, o avanço será mais visível para a população”, destacou o engenheiro.
Com a ponte e os acessos concluídos, o escoamento da produção do Centro-Oeste brasileiro ganhará uma nova rota estratégica rumo aos mercados asiáticos, utilizando os portos chilenos de Mejillones, Tocopilla, Antofagasta e Iquique, via Paraguai e Argentina. A previsão de entrega da obra é para o final de 2026.
Próximas etapas
A fase seguinte prevê a colocação das demais vigas e a finalização do tabuleiro. Na sequência, serão executados os serviços de concretagem da laje, pavimentação e instalação dos dispositivos de segurança, como barreiras e sinalização.
Nos 13,1 quilômetros de extensão entre a cabeceira da ponte e o entroncamento da BR-267, homens e máquinas trabalham em ritmo intenso. Os serviços de terraplanagem foram temporariamente suspensos, já que as metas dessa etapa foram atingidas. Atualmente, as equipes concentram-se na montagem dos pilares com travessas verticais e horizontais, que seguem em andamento acelerado. A retomada da terraplanagem está prevista para o final de janeiro de 2026.
Investimento e execução
A obra de acesso está sendo executada pelo Consórcio PDC Fronteira, formado pelas empresas Caiapó Construtora Ltda., DP Barros Pavimentação e Construção Ltda. e Paulitec Construções Ltda.
Com investimento de R$ 472 milhões, os recursos são provenientes do Governo Federal, por meio do Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), e a execução é supervisionada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Texto e fotos: Toninho Ruiz
