O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu inquérito civil para apurar os impactos provocados pelo transporte de minério de ferro em Ladário, cidade a 457 km de Campo Grande. A investigação, conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, foi motivada por denúncias de moradores que relatam poeira excessiva, poluição sonora e aumento de doenças respiratórias.
O promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães é o responsável pelo caso. Segundo o MP, mais de 30 moradores da Rua Frei Liberato assinaram um ofício relatando sintomas como irritação nos olhos, sangramentos nasais, coceiras na pele e agravamento de problemas respiratórios.
Um laudo do Núcleo Regional de Criminalística confirmou os relatos, apontando que a aspersão de água feita na via não é suficiente para conter a poeira, que se espalha pelas residências próximas. O excesso de umidade, por sua vez, transforma a rua em lamaçal, dificultando o tráfego e aumentando o risco de acidentes.
O documento técnico também destaca que o tráfego intenso de caminhões gera ruídos acima dos limites permitidos, o que pode provocar estresse, insônia e até problemas auditivos nos moradores.
Principais impactos identificados pelo laudo:
Saúde pública: aumento de casos de asma, bronquite, irritação ocular e dermatites;
Ambiente urbano: poeira acumulada nas casas e vias com acúmulo de lama;
Poluição sonora: ruídos excessivos causados por caminhões de carga;
Meio ambiente: partículas afetam vegetação e sedimentos podem contaminar cursos d’água.
O MPMS já solicitou novas perícias no local e oficiou a Prefeitura de Ladário, que deverá prestar esclarecimentos. O objetivo é identificar responsabilidades e cobrar medidas urgentes para proteger a população e o meio ambiente.
Da Redação
Foto: Assessoria