26 de Out, 2025
Maior estudo de solos da história de MS redefine uso da terra e aponta novas fronteiras para o agro sustentável
10 de Out, 2025

O Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul foi oficialmente apresentado nesta quinta-feira (10.out.2025), em encontro técnico realizado na Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados. O estudo — considerado o mais abrangente já feito sobre o território estadual — redefine o uso do solo e estabelece novas bases para o planejamento da produção rural, orientando políticas públicas e decisões de investimento no campo.

O evento contou com a presença do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Renato Câmara, que destacou o papel da Casa de Leis como parceira do Governo do Estado nas ações voltadas ao desenvolvimento sustentável.

Elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em parceria com a Embrapa Solos, do Rio de Janeiro, o estudo analisou 3,5 mil amostras de solo em cerca de 3 mil pontos do Estado. O resultado oferece um mapa detalhado das aptidões e restrições ambientais de cada região, permitindo que produtores identifiquem as melhores áreas para agricultura, pecuária e conservação.

“Mato Grosso do Sul se coloca em outro patamar ao ter o mapa mais completo de solos do país. Agora, o produtor pode planejar com precisão onde investir, que tipo de cultivo realizar e quais cuidados adotar para preservar o solo. É o conhecimento científico chegando à prática, garantindo mais segurança e sustentabilidade ao nosso agro”, afirmou Renato Câmara.

O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato, ressaltou a importância da integração entre as instituições.
“Hoje nós estamos recebendo o setor técnico e os produtores, numa parceria entre a Semadesc e a Embrapa, para apresentar o zoneamento agroecológico — uma ferramenta que vai subsidiar o produtor rural. E, pra que isso ocorra, é essencial esse aporte da Assembleia, vendo o resultado de uma boa aplicação dos recursos públicos do Estado na busca do desenvolvimento”, disse.

Segundo o estudo, 65% do território estadual tem aptidão agropecuária, enquanto o restante corresponde a áreas de conservação e à planície pantaneira, com uso controlado. Os dados estarão disponíveis em plataformas digitais públicas, como o PronaSolos, vinculado ao Ministério da Agricultura, e o MS em Mapas, além de um aplicativo off-line que facilitará o acesso direto de técnicos e produtores rurais.

Os encontros técnicos promovidos pela Embrapa e Semadesc, com apoio da Assembleia Legislativa, buscam aproximar o conhecimento científico da prática no campo, fortalecendo a gestão ambiental e a sustentabilidade da produção rural em Mato Grosso do Sul.

Da Redação

Foto: Assessoria




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