O jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, morreu na noite de quinta-feira (2), em Campo Grande, após ingerir bebida alcoólica em circunstâncias que ainda são apuradas pelas autoridades. A suspeita é de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que já provocou mortes em outros estados do país.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o caso está sendo acompanhado de perto. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), onde passou por necropsia. Amostras foram recolhidas e devem ser analisadas em laboratório, com prazo de cerca de 30 dias para resultado.

A investigação está sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), que apura crimes como falsificação ou adulteração de bebidas alcoólicas. Segundo o boletim de ocorrência, Matheus passou mal após beber pinga misturada com suco, comprada dias antes. Ele foi levado pelo Samu para a UPA, onde chegou consciente, mas teve convulsões minutos depois, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu, morrendo às 19h53.

O caso reforça a preocupação nacional com a adulteração de bebidas alcoólicas. Em São Paulo, quadrilhas conhecidas como a “máfia do metanol” têm sido responsabilizadas por falsificar destilados como vodca e cachaça, utilizando o produto tóxico para baratear custos. Pequenas doses de metanol podem causar cegueira e até a morte.

Em nota, o Governo do Estado lamentou o falecimento do jovem e destacou que “todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para o esclarecimento completo dos fatos”. A gestão estadual também reforçou que atua em parceria com a polícia e órgãos de vigilância para identificar e coibir irregularidades no comércio de bebidas.

Da Redação

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