Mato Grosso do Sul caminha a passos largos para ser um dos primeiros estados do Brasil a universalizar o serviço de coleta e tratamento de esgoto. Se hoje a cobertura já alcança 70% da área urbana, o que representa mais de 1 milhão de pessoas atendidas, a meta é ousada: atingir 90% até 2028 e chegar a 98% em 2031.
A estratégia inclui a ampliação da rede coletora, construção de novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e a instalação de 258 Estações Elevatórias, capazes de transportar mais de mil litros de esgoto por segundo. O objetivo é garantir que o serviço chegue de forma eficiente até as ETEs, mesmo em regiões com relevo mais complexo ou distantes do centro urbano.
O cronograma atual prevê a implantação de mais de mil quilômetros de novas redes coletoras até abril de 2026, com obras em andamento ou previstas em cidades como Antônio João, Taquarussu, Bataguassu e outros 20 municípios. A abrangência cobre desde centros urbanos até bairros mais afastados, com impacto direto na saúde pública, no meio ambiente e na valorização dos imóveis.
A execução dos trabalhos ocorre dentro da Parceria Público-Privada (PPP) firmada em 2021, que tem duração de 30 anos e é operada pela empresa Ambiental MS Pantanal. A expectativa é de que mais de R$ 1,5 bilhão sejam investidos no sistema de esgotamento sanitário até o final do contrato.
Para o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, esse avanço representa muito mais que cumprimento de metas. “Estamos vivendo um novo tempo no saneamento em Mato Grosso do Sul. Cada rede implantada, cada estação construída representa um avanço concreto na vida das pessoas. Trabalhamos com responsabilidade e visão de futuro, porque acreditamos que o acesso ao esgotamento sanitário é essencial para o desenvolvimento social e ambiental do nosso Estado.”
Esse “novo tempo” também se expressa na tecnologia: as novas estações são automatizadas, monitoradas por sistemas inteligentes e projetadas para ter maior durabilidade, eficiência energética e menor impacto ambiental.
Além de impulsionar o cumprimento antecipado das metas do Marco Regulatório, que exige 90% de cobertura de esgoto até 2033, o Estado vem consolidando um modelo que alia gestão pública eficiente com participação privada estratégica.
Da Redação
Foto: Bruno Rezende