12 de Jul, 2025
Dono da fazenda que abandonou mil bois atolados é autuado em Rio Verde por maus-tratos
09 de Set, 2024

Um pecuarista de 62 anos, proprietário de uma fazenda localizada entre Coxim e Rio Verde de Mato Grosso, foi detido e liberado após prestar depoimento sobre o abandono de aproximadamente mil bois, dos quais 268 foram encontrados mortos e 716 estavam desnutridos, em situação de maus-tratos. O caso foi descoberto na última semana pela Polícia Militar Ambiental (PMA).

As autoridades realizaram uma vistoria na propriedade após denúncias, onde identificaram dezenas de bovinos mortos e outros em estado crítico, sem acesso a água e pastagem, em meio a uma seca severa. Durante a ação, a equipe da PMA, com apoio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e do Ministério Público Estadual (MPE), encontrou animais tão debilitados que muitos não conseguiam se locomover. Os policiais tentaram socorrer alguns novilhos, fornecendo água e retirando animais atolados na lama.

O pecuarista, que não teve o nome revelado, foi conduzido à Delegacia de Rio Verde, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado com o compromisso de tomar as providências necessárias para cuidar dos animais sobreviventes. De acordo com o delegado Matheus Vital, o proprietário não foi autuado em flagrante devido à pena prevista para o crime de maus-tratos, que varia de três meses a um ano, sendo inferior a dois anos.

A multa prevista é de R$ 3 mil por animal, aplicada diariamente enquanto a situação não for regularizada, podendo ultrapassar dois milhões de reais por dia. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) acompanhará o caso para garantir que o pecuarista tome as medidas necessárias, como garantir o acesso à água e tratar os bois sobreviventes.

A Justiça ainda determinará a destinação dos animais, o que pode incluir o sequestro de bens do pecuarista ou a realização de um leilão para resolver a situação com mais rapidez. As ações de resgate e cuidados com os animais continuam sob supervisão dos órgãos competentes, enquanto a Polícia Civil segue com as investigações criminais sobre o caso.

Da Redação

Foto: Reprodução




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